segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Giz de cera.

          Nada é o estado total e absoluto da premeditação. Não acredito em nada permanente e se existe o espaço vazio em algum lugar em tempo e dimensão, então esse está em momento de conceber. O nada é provido do poder de gerar algo novo, de criação original, da idéia exprimida em seu embrião totalmente lúcido e sem interferências de julgamentos. É o dono das probabilidades.




           Se existe dor em não ser algo definido ou construído, ou ainda quem sabe constituído, talvez exista dor maior em ser e ter que desmoronar. A gravidade da visão reveladora de que na verdade nada existe e nesse momento tudo perde o valor. Valor julgado por ilusão. E não falo em ilusão de delírios infames ou de paixões inexistentes, falo do delírio racional de crer na idéia concisa de que somos e estamos. Mentira!!! Nos formamos do que acreditamos ser, e nossa matéria toma forma da luz que sai da retina, enxergamos apenas o que queremos ver.
           Vendo a folha de papel ainda em branco, a minutos me apavorei pelo tempo que se vai, pela estática dos dedos... tenho espaço o suficiente nesse momento. Sou privilegiada por reter as imagens e reformular, aceito meu nada e consolido minha gestação.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

FAÇO ISSO PARA TE FAZER FELIZ!!

      Doem as pernas. A circulação sanguínea diminuiu. Não consigo pensar e as vozes de todos vocês me dão imensa vontade de gritar frenéticamente e com toda minha força. Se fizesse isso no momento exato do impulso teria sentido prazer absoluto. Vocês me puniriam por tamanha insensibilidade e certamente me olhariam com o desprezo dos que expulsam. Graças a mim o mundo se tornaria pior a partir desse momento.Louca.
      Se eu tivesse gritado, estaria milhões de luz a frente de todos, estaria livre para virar as costas e fazer o caminho desejado. Quem dera ter percorrido todos os caminhos que desejei!! Em qual mundo estaria eu nesse momento? Aquele que eu ocupo, ou o que ocupa a mim ? Em qual esquina de minhas ilusões estaria eu parada? Porque mesmo parada ainda decidida estava a ir..Teria eu me transformado em pó? E com a leveza dos que podem sublimar, simplesmente com um sopro sumir?
      Não sou ninguém, até porque para ser preciso ter coragem, e no momento sou tomada de total covardia.A covardia redentora, a que redime, a que não faz culpados, a que glorifica os inocentes e não acredita em heróis. Sigo. Continuo com minhas amarras e com as cordas vocais em repouso.Olho para meus próprios pés, é até onde minha visão alcança.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PASSARELA.

Relaxa...

Relaxa porque isso passa

Na verdade tá sempre passando

Passa da medida, passa da hora e passa do ponto

E se não passa cansa



Então relaxa ...

Já não se sabe se é fim ou ínicio,

Talvez um meio turbulento..

Mas amanhã ou quem sabe depois

Você pega e alcança

Fecha a mão e segura



Ainda não consegui medir o tempo

menos ainda pesar a idade...

Abro e fecho os olhos

E nada é maior que isso

Estar .. Ir .. Ser ..Ficar

Apenas..



Quantas esquinas tem minha cidade?

As luzes se confundem com a ponta do nariz,

Um dia eu passo para o outro lado

Pelo vidro... pelo ar..

Roubo o chapéu de alguém

Só para confundir denovo a cuca.



E no final das contas..

As contas aquelas que eu não fiz!!

Até porque quando não faço passa sossego

E se não gosto...

Passo adiante.. que passo melhor

Então...

Relaxa

Porque isso também passa

recomendo:


ótima banda!
o vídeo é do natal mas ainda tá valendo..
confiram as outras músicas no link: